Tuesday, October 09, 2007

Lágrimas de uma prostituta

Lágrimas da prostituta.

É Madrugada. O abafo do céu esconde o silêncio.
Ruas vazias, pedras, vidros que o escuro reflecte.
Sozinha na estrada..caminha descalça e rastejante.
A pele arde de tudo...dos arranhões,
Das feridas que o frio queima.
Exausta, chega não dá mais!!!
Debruçando-se, filtram-se memórias, infiltram-se instantes.
Lembranças do brilho do Sol no sorri so da mãe
Lembranças do abraço da última amiga
Lembranças do primeiro beijo.
Os joelhos sangram no alcatrão.
Os olhos borrados, roupa interior rasgada.
Deitada, lançada na estrada.
Foi assim o último choro.


Rita/Setembro 2007
(O que mais me faz feliz é ser capaz de ser mais do que uma pessoa)

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